Em postagem realizada no último dia 26 em seu blog destinado, entre outros, a desenvolver com seus/suas alunos/alunas atividades relacionadas à disciplina de Diplomática e Tipologia Documental, o Professor André propôs aos/às visitantes de sua página o seguinte desafio, ao qual Queer Beings traz sua solução:
Em seu elucidativo livro Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo, Heloísa Belloto¹ faz um apanhado geral da Diplomática em seus desdobramentos ao longo do tempo, até sua chegada à Tipologia Documental (Diplomática Arquivística, ou Moderna, como alguns gostam de chamar), conceituando-as; definindo e caracterizando seus objetos; identificando suas diferenças e semelhanças, e reconhecendo as ligações entre ambas, já que, apesar de diferentes, estarão sempre intimamente relacionadas; e ensinando a realizar análises de cunho diplomático e tipológico.
Embasados nos entendimentos da autora supracitada, as análises que se propõem ao documento produzido pelo Ministério do Planejamento são, de maneira bem simples:
1) O objeto da Diplomática é estrutura formal do documento (BELLOTO, 2002).
Autor: Ministério do Planejamento
Ação: notificar
Suporte: magnético
Formato: disco rígido
Forma: original
Gênero: textual
Espécie: nota
Tipo: nota oficial
Datação: cronológica e tópica
Grafia: fonte Arial, tamanho 11
Forma mecânica (da estrutura textual): parágrafos e tópicos enumerados
2) O objeto da Tipologia é a lógica orgânica dos conjuntos documentais (BELLOTO, 2002).
A Nota do MPOG no arquivo da Associação dos Docentes da UnB:
Proveniência: Associação dos Docentes da UnB
Função: esclarecer posição do Ministério do Planejamento mediante caso URP
Assunto: notificação do Ministério do Planejamento à impressa do Brasil acerca do por que da visita do Ministro Paulo Bernardo ao Supremo Tribunal Federal e do teor de sua conversa com a Ministra Carmen Lúcia acerca do caso URP
3) O conteúdo e seu contexto
A Nota Oficial do MPOG reforça o posicionamento - por hora já conhecido - do Ministério mediante a questão da URP e ajuda a esclarecer, aos interessados e à sociedade brasileira como um todo, o comportamento do mesmo no tocante à resolução do caso envolvendo a remuneração de servidoras/servidores, professoras/professores e técnicos/técnicas da Universidade de Brasília.
Os caracteres ou elementos externos, extrínsecos, físicos, de estrutura ou formais têm a ver com a estrutura física e com a sua forma de apresentação. Relacionam-se com o gênero, isto é, a configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos de que seus executores se serviram para registrar a mensagem. Os caracteres ou elementos internos, intrínsecos, substantivos ou de substância têm a ver com o conteúdo substantivo, seu assunto propriamente dito, assim como com a natureza da sua proveniência e função. (BELLOTO, 2002)
O conjunto dos elementos externos e internos é o que dá ao documento – seja aquele sobre papel, seja o eletrônico – o aspecto que corresponde à sua natureza diplomática e jurídica, isto é, à sua função, segundo as regras e os usos da instituição que o estabelece (DELMAS, 1996 apud BELLOTO, 2002).
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BELLOTTO, HELOÍSA LIBERALLI. COMO FAZER ANÁLISE DIPLOMÁTICA E ANÁLISE TIPOLÓGICA DE DOCUMENTO DE ARQUIVO / HELOÍSA LIBERALLI BELLOTTO. - SÃO PAULO: ARQUIVO DO ESTADO, IMPRENSA OFICIAL, 2002.
120 P. (PROJETO COMO FAZER, 8).
1) Heloísa Liberalli Bellotto é licenciada e doutora em História (USP), bacharel em Biblioteconomia (FESP) e especialista em Arquivística (Escuela de Documentalistas, Espanha).
A análise diplomática, não devia ser personalizada (MPOG), porém genérica. Há que ter mais "malícia" na transposição de elementos de análise de documentos físicos, para virtuais.
A análise tipológica não levou em consideração os diferentes contextos propostos.
A análise subjetiva ficou muito tímida e se limitou à descrição contextual sem nenhuma subjetividade...